O PRÍNCIPE E O CORDEIRO


Daniel e Apocalipse oferecem imagens de Jesus que são distintas e significativas para nossa compreensão do plano da salvação e do próprio Filho de Deus.

Daniel e Apocalipse estão interligados em suas profecias, sendo complementações um do outro. As figuras que um se utiliza são ampliadas e dimensionadas no outro.

Uma dessas figuras é relativa a Jesus, que é apresentado no livro de Daniel como o Príncipe – “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos” Daniel 9:25.

Essa é uma profecia Messiânica (de tempo) e indicava o exato momento do surgimento do Messias. Ela apresenta o ‘Ungido’ como um Príncipe.

Ele é descrito como ‘Príncipe do príncipes’ (8:25); e como aquele que sofre oposição da figura ‘terrível e espantosa’ do quarto reino.

Esse Príncipe possui um sacerdócio e um ministério (8:11) em favor da humanidade. Esse sacerdócio é obstruído pelo quarto reino (Roma Papal), que impede que o príncipe execute sua obra em seu santuário.

Curiosamente uma ‘rainha’ (Maria, a intercessora do papado) se interpõem entre o Príncipe e a humanidade – “Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo” Daniel 8:11.

O Apocalipse, por sua vez se utiliza de uma figura posterior – o Cordeiro. Propriamente representa a Jesus neste livro simbólico por excelência.
O cordeiro é referenciado 31 vezes no Apocalipse; é apresentado inicialmente como “tendo sido morto” 5:6.

É dito Dele – “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” Apocalipse 5:12.

E finalmente, o trono do Cordeiro é visto junto ao Trono de Deus (22:1).

Duas figuras, um só personagem. Dois estágios da mesma história – a encarnação de Deus (o Príncipe) para vir e morrer em nosso lugar (o Cordeiro).

Nenhum comentário: